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mitos que nunca ganharam nada
Mitos - Riccardo Patrese
10/10/2006


Estreia de Patrese em sua dinastia na Formula 1 | Foto: Arquivo

Durante 16 temporadas, entre 1977 e 1993, a Formula 1 teve em seus domingos uma figura carismática, dono da cadeira mais cativa de todos os tempos na categoria. Se Schumacher bateu quase todos os recordes possíveis em sua carreira pelo menos um deles permanece com dono garantido a mais de 10 anos e dificilmente será superado por qualquer um outro. Com 256 largadas em grandes prêmios, Riccardo Patrese se tornou o mais experiente piloto de F1 na história.

 

 

Por que ele é um Mito da F1?

 

O recorde, a dinastia...

 

Riccardo Patrese é um piloto sem precedentes em toda a história da Formula 1. Ele mantém o incrível recorde de 256 grande prêmios disputados em 16 anos de carreira. Nunca um piloto largou tanto na categoria e dificilmente esse recorde será superado. Com a aposentadoria de Shumacher ao final da temporada de 2006 e 250 GPs, o brasileiro Rubens Barrichello tornou-se o único piloto em atividade com possibilidades reais de tomar esse título que há 10 anos tem nome e sobrenome.

 

Patrese também é considerado uma lenda na F1 por ter conseguido em três oportunidades sair milagrosamente do limbo de uma equipe de pequena e buscar seu posto em equipes de ponta e obviamente por ter sido reconhecido como piloto competitivo em todas elas.

 

 

Por que ele nunca ganhou?

 

Era uma lenda, mas tinha uma falta de sorte...

 

Patrese foi mesmo um dos maiores pilotos de Formula 1, esteve sempre acima da média (afinal é disso que se trata essa coluna), venceu 6 corridas, teve 8 poles, 37 pódios e 13 melhores voltas na carreira, mas isso não foi suficiente para driblar sua falta de arrojo ou pelo menos sua enorme falta de sorte.

 

Para iniciar seu homérico azar basta lembrar que Patrese correu exatamente na era mais competitiva de toda a história da F1. Do final dos anos 70 ao inicio dos anos 90 justamente nos 16 anos de sua carreira, a F1 não viu o domínio de um piloto ou equipe e sim disputas históricas entre 5 dos 10 maiores nomes de todos os tempos da F1 na opinião desse que vos escreve. São eles: Niki Lauda, Nelson Piquet, Alain Prost, Ayrton Senna e Nigel Mansel. 14 títulos entre eles e nenhuma esperança pra quem correu junto, atrás.

 

 

A história em fatos...

 

Em 1982 saiu da horrorosa Arrows para a então campeã Brabham e viu a Williams nesse ano e a Brabham do companheiro e lenda viva da F1 Nelson Piquet levarem os títulos. Foi pra Alfa Romeo em 1983, equipe de última categoria. Obteve resultados pífios e raramente completava uma corrida mas mesmo assim deu conta de cavar uma vaga na indiscutível campeã de 1987, a Williams Hoda Turbo, que havia dado o terceiro caneco a Nelson Piquet. Em 1988 substituiu o campeão que se movera para a Lotus.

 

Amargurou mais um de seus momentos de pura falta de sorte devido à mudança no regulamento dos motores. Viu a Williams perder seu maior trunfo e o surgimento de duas outras lendas da F1: a McLaren dos anos 80/90 e o piloto Ayrton Senna, aclamado por muitos como o maior nome do automobilismo mundial na história.

 

Enquanto conseguia fugir da barra do gigante Nelson Piquet que o assombrara em duas oportunidades, Patrese chegou em 1989, já com uma Williams renovada, ao terceiro lugar do campeonato. Seu azar foi topar nesse ano e nos próximos dois com as duas lendas, Prost e Senna, brigando pelo título que acabou nas mãos do francês em 89 e do brasileiro em 90 e 91.

 

Em 92, sendo a Williams o carro a ser batido, Patrese viu renascer suas chances de ser campeão. E quase foi terminando o campeonato em segundo lugar. Mas bebeu água de novo e nem viu Nigel Mansel batendo o então recorde de vitórias em uma única temporada. O Leão Britânico colocou Patrese novamente no lugar que outrora Piquet havia deixado - o de ótimo segundo piloto da equipe.

 

Em 1993, tendo perdido sua maior chance, novamente virou sombra (ou sobra) de Piquet substituindo-o na temporada seguinte a sua aposentaria na Benetton. Ainda que esse carro viesse a ser bicampeão da F1 nos dois anos seguintes ele não contava com sua última, fatal e sem precedente falta de sorte, seu companheiro de equipe, recém chegado da pequena Jordan, era ninguém menos que Michael Shumacher, o resto é história!

 

 

Qual foi seu melhor momento?

 

Seu único momento de sorte, claro...

 

Andar num bólido campeão, ao lado de uma lenda como Nelson Piquet e ser um piloto considerado por todos como competitivo não era suficiente para Patrese. Ele precisava vencer. E talvez em seu único momento de sorte na F1, foi presenteado, isso mesmo, presenteado com a vitória no GP de Mônaco de 1982 após dois outros Mitos Que Nunca Ganharam Nada™, Didier Pironi e Andréa de Cesaris (segundo e terceiro respectivamente no GP) terem visto a vitória escapar por falta de gasolina na última volta.


Fala sério! Dois pilotos, ambos na última volta, abandonarem a corrida sem gasolina. Só podia ser esse o melhor momento de Patrese na F1! Puta sorte para um dos mais azarados pilotos de todos os tempos.

 

 

Por onde anda agora?

 

Certamente sem sorte, quer apostar?

 

Em segundo posto, claro! Alias terceiro. Voltou a correr em 2005 na GP Masters, categoria de formula para pilotos veteranos e viu um de seus maiores carrascos, o Leão Nigel Mansel, vencer a temporada com Emerson Fittipaldi em segundo lugar.

 

Obviamente disputando com dois mitos, estes sim genuínos campeões, Patrese não poderia almejar mais do que seu lugar cativo como principal coadjuvante em toda a história do automobilismo!


Riccardo Patrese em Números

Anos em atividade: 1977 - 1993
Equipes: Shadow, Arrows, Brabham, Alfa Romeo, Williams e Benetton
Grandes Prêmios: 256 largadas
Campeonatos: 0 (claro)
Vitórias: 6
Pódios: 37
Poles: 8

Voltas Mais Rápidas: 13
Primeiro GP: 1977 - GP de Mônaco

Primeira Vitória: 19882 - GP de Mônaco

Última Vitória:1992 - GP do Japão
Último GP: 1993 - GP da Australia


Mais sobre a lenda em: www.riccardopatrese.com



Texto: Emiliano Quintela
 
fotos  

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